A condenação da BHP pela Alta Corte de Londres reabre, no cenário internacional, um dos capítulos mais marcantes da história ambiental brasileira. O tribunal britânico entendeu que houve falhas de gestão e prevenção de riscos no rompimento da barragem de Fundão, em 2015, decisão que fortalece pedidos de indenização movidos por milhares de atingidos.
A decisão cria um precedente relevante: um tribunal estrangeiro reconhecendo responsabilidade corporativa por um desastre ocorrido em outro país. Especialistas afirmam que isso pressiona o Brasil a fortalecer seus mecanismos de fiscalização e pode influenciar outros litígios internacionais envolvendo empresas que operam em território nacional.
O episódio reacende debates sobre o modelo de mineração no país, as normas de segurança e a atuação de órgãos reguladores. Analistas avaliam que a decisão pode gerar impactos diplomáticos e econômicos, sobretudo na percepção de investidores sobre riscos ambientais e jurídicos no Brasil.
