Em um movimento estratégico para combater a desinformação e fortalecer a cidadania digital, o governo brasileiro anunciou o lançamento da 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática. A iniciativa foi apresentada por João Brant, secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), durante a Global Media and Information Literacy Week 2025, conferência mundial da UNESCO realizada em Cartagena, na Colômbia.
A nova política pública visa aprofundar as ações voltadas para a promoção de habilidades críticas para acessar, analisar e produzir informações de forma consciente e responsável. Entre os pilares da estratégia estão a formação de professores para que possam atuar como multiplicadores do conhecimento em sala de aula e a ampliação da cooperação internacional para o intercâmbio de boas práticas no setor.
O lançamento em um palco global como o da UNESCO não foi coincidência. A apresentação na conferência sinaliza o compromisso do Brasil em se posicionar como um ator relevante na construção de um ecossistema informacional mais saudável e resiliente. A delegação brasileira destacou as políticas e experiências nacionais no tema, reforçando a cooperação com países da América Latina e com a França.
Este plano representa uma resposta direta e estruturada aos desafios impostos pela crescente onda de desinformação e pela polarização digital, fenômenos que impactaram profundamente o tecido social e político brasileiro nos últimos anos. A iniciativa marca uma importante evolução na abordagem do governo ao problema: em vez de focar apenas em medidas reativas, como a checagem de fatos e a remoção de conteúdo, a nova estratégia adota uma postura proativa e de longo prazo. O foco em “habilidades críticas” e na educação formaliza um investimento fundamental na saúde da democracia, buscando capacitar os cidadãos, desde a juventude, a se tornarem consumidores de informação mais críticos e menos suscetíveis a manipulações.


