Embora o presidente Lula mantenha liderança folgada nas pesquisas, o PT já desenha cenários alternativos para 2026. O nome do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desponta como “plano B” para eventual sucessão dentro do partido.
Lula tem repetido publicamente que pretende disputar a reeleição, mas assessores próximos reconhecem que a idade — ele completará 81 anos em outubro de 2026 — e o desgaste físico são fatores decisivos. O ex-presidente também busca garantir que, se não concorrer, o projeto político permaneça sob controle do PT, sem risco de fragmentação à esquerda.
Haddad reúne atributos que o colocam em posição privilegiada: é visto como moderado pelo mercado, tem imagem limpa e mantém relação próxima com Lula e com o ministro Rui Costa (Casa Civil). Contudo, enfrenta resistência interna de alas mais à esquerda, lideradas por Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias, que o consideram “liberal demais” em matéria econômica.
Pesquisas qualitativas encomendadas pelo partido mostram que Haddad teria bom desempenho entre eleitores de centro e até entre parte do eleitorado evangélico, o que o tornaria um candidato competitivo em eventual polarização com Tarcísio de Freitas.