A eleição presidencial no Chile se tornou um plebiscito sobre segurança pública. O aumento da criminalidade, associado por parte da sociedade ao avanço de organizações estrangeiras, colocou a pauta migratória no centro do debate político. Pesquisas recentes mostram que a preocupação com violência supera temas econômicos entre os eleitores.
Esse cenário ampliou o espaço para candidatos que defendem endurecimento policial e maior controle de fronteiras. Já setores mais progressistas argumentam que a crise exige reformas estruturais, políticas sociais e revisão da integração regional.
Para analistas, o resultado poderá influenciar debates migratórios na América do Sul e provocar ajustes em blocos de integração. O país atravessa um momento de polarização acentuada, reflexo das transformações sociais pós-pandemia e das tentativas frustradas de reforma constitucional.