O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, o registro e o estatuto do Partido Missão, que passa a integrar oficialmente o cenário político nacional como a 30ª legenda brasileira, com o número 14.
Mais do que um procedimento jurídico, a homologação chamou atenção pela forma como foi conduzido o processo de criação. Foram 577.999 assinaturas válidas, colhidas em todo o país sem o apoio de agências especializadas ou estruturas profissionais de coleta. A mobilização partiu de apoiadores voluntários, o que conferiu ao processo um caráter incomum de espontaneidade em tempos de descrença política.
Quem acompanhou a formação do partido percebeu uma militância ativa e emocionada, movida por senso de propósito e sentimento de pertencimento. O processo foi marcado por transparência, cumprimento rigoroso das normas da Lei nº 9.096/1995 e respeito integral às exigências do TSE, que incluem o registro nacional, a presença em pelo menos nove estados e o apoio mínimo de 0,5% do eleitorado.
Enquanto muitos partidos em formação enfrentam impasses jurídicos e dificuldades para comprovar caráter nacional, o Missão conseguiu avançar com organização e clareza ideológica, reunindo um grupo que, desde a fase inicial, mostrou comprometimento real com a construção de um projeto político.
A aprovação no TSE não apenas formaliza uma nova sigla, mas também marca o surgimento de uma legenda criada de baixo para cima, por cidadãos que decidiram se engajar fora dos velhos moldes partidários.
Pelo ponto de partida que teve — ético, participativo e nacionalmente orgânico — o Partido Missão se apresenta como uma força política que tende a acrescentar maturidade, propósito e novas ideias ao debate nacional, unindo princípios, nomes de peso e uma militância que acredita que mudar é possível — desde que se comece do jeito certo.